domingo, 12 de setembro de 2010

Instituições

Colégio Estadual Rotary
Aluno(a)s: Cristiane Giffone, Matheus, Inakael
Professor: Ademilde
Turma : 3º F

CASA DA MÚSICA
É bom passar não só a tarde, mas também a noite em Itapuã. Houve época em que turmas de jovens saídos dos quatros cantos da cidade costumavam fazer serenatas nos altos das alvas e frias dunas iluminadas pela lua cheia do Abaeté. Os tempos mudaram e o medo da violência, deixada de ser exceção, acabou com o que era doce.
Agora, após outras sucessivas viradas da ampulheta, já é possível voltar a passar uma boa noite em Itapuã, nos Saraus da Casa da Música, que desde 2007 acontecem quinzenalmente às segundas-feiras. Bem próximo à lagoa escura rodeada de areia branca, num aconchegante espaço entre jardins dentro do Parque Metropolitano do Abaeté.
Voluntariado – Ali, as variadas expressões artísticas, as atividades culturais se mesclam com a comunidade e favorecem a convivência dos artistas com seus pares, deles com o público, do público com os moradores, destes com os vizinhos.
As sessões, que começam às 18 horas, incluem exposições de artes plásticas, exibição de filmes, apresentações de dança e música, declamações de poesias, lançamentos de livros e cds, entre outros, num ambiente descontraído onde não falta o de comer e de beber a incrementar, mais ainda, a camaradagem ou mesmo a comadragem.
A venda dos quitutes como acarajé, mingau de milho verde, bolos, empadas, refrigerantes, etc. a cargo de alguns moradores do bairro, além de servir como fonte de renda, também se constitui numa forma de integração da comunidade.
São as únicas coisas pagas por ali. O mais é gratuito, regido pelo voluntariado,
Saraus de Itapuã – A IMA já vinha realizando atividades no SESI Rio Vermelho, no Garcia e no Santo Antonio, com os projetos Pontos Magnéticos e Noites Independentes, com a intenção de divulgar a música que fica de fora da indústria cultural. E da parceria com a Casa da Música (Fundação Cultural do Estado da Bahia) nasceu o Sarau de Itapuã, privilegiando a comunidade com eventos gratuitos.
O primeiro foi realizado no dia 27 de agosto de 2007. E segundo Amadeu Alves, coordenador da Casa da Música, “vem sendo de grande valor no trabalho de revitalização cultural do bairro de Itapuã e especificamente na famosa Lagoa do Abaeté, voltando a ser visitada por famílias e pessoas de todas as idades interessadas em cultura”.
De lá para cá, incontáveis saraus foram realizados, tendo agora um público cativo, acrescido dos que vão ver determinada atração do dia, resultando uma média de 100 pessoas por sarau, o que é bem significativo para uma noite de segunda-feira. Para Amadeu isto é uma evidência de que a Casa da Música está cumprindo seu papel de espaço cultural público.
“As pessoas da comunidade e visitantes demonstram uma grande satisfação, tanto pela qualidade do ambiente, quanto pela qualidade da programação. A Casa da Música está tendo uma boa visibilidade na imprensa, na internet, na divulgação boca-a-boca. A própria Fundação Cultural tem voltado a atenção de uma forma efetiva para este espaço, equipando-o com materiais imprescindíveis para a realização de atividades culturais.”
Com isto vários artistas e grupos têm procurado a Casa da Música para integrar a programação, chegando a ocorrer fila de espera, apesar de não haver nenhum cachê. Ao fim de cada sessão a equipe organizadora do Sarau – composta por Geane Guimarães, Leonardo, Analu Franca, Tina Ribeiro e Tereza Machado se reúne e debate sugestões, definindo a programação seguinte.
Sobre a Casa da Música – A Casa da Música foi inaugurada em 3 de Setembro de 1993 com o propósito de preservar a memória da música baiana, reunindo acervo documental em diversos suportes e o disponibilizando-o para consulta pública.
Segundo Amadeu, “ao longo desses anos a Casa passou por um processo de mudanças, pois as bases de sustentação da proposta de ser o Museu da Música da Bahia não foram mantidas, como por exemplo, a parceria com o IRDEB e toda a estrutura de recursos para a disponibilização pública que tinha no início.”
Sitiada numa Área de Proteção Ambiental, a Casa funciona como um espaço cultural recheado de história, no qual se destaca a relíquia, que é a FOBICA (1º Trio Elétrico). O acervo é constituído de fitas VHS, CD´s, DVD´s, LP´s, livros, documentários. Também estão sendo incluídos depoimentos, registros de trabalhos de artistas locais e da Bahia em geral, resgate e memória da comunidade de Itapuã, através de recursos digitais, com a perspectiva do desenvolvimento de um novo projeto na área de preservação da memória musical e cultural.Com isto, há ainda a possibilidade de vir a ser um infocentro voltado para o universo da música e suas tecnologias.
Além dos eventos culturais (saraus, bate-papos musicados, exposições), a Casa oferece oficinas de canto e flauta doce, gratuitas para a comunidade. Funciona de terça a sábado, das 9h às 17h, e aos domingos, das 9h às 16h. Em dias de sarau abre às segundas a partir das 17hs e também para programações extras.
Perspectivas – O Sarau, além de propiciar uma boa noite em Itapuã, promovendo a integração da comunidade local e dos visitantes, e a revitalização cultural do bairro, muito influi na abertura de novas perspectivas culturais.
A perspectiva é de que surjam novos movimentos, desde que as ações sejam constantes, persistentes e não tenhamos nenhum grande acidente de percurso. Claro que não é fácil chegar num novo patamar, com horizontes mais largos para uma escala maior da população, mas estamos fazendo nossa parte.” Concluiu Amadeu Alves.
http://www.mercadocultural.org/casadamusica.php
Associação dos Pescadores
Simpáticos, sorridentes, criativos e conversadores, os pescadores têm muito o que contar. Profissão antiga, que aos poucos foi se modernizando, tornando-se difícil para quem não consegue se adaptar. Sujeitos à chuva, sol, ventos fortes, correntezas, dias sem dormir e saudades da terra, tentam manter o riso.
“Quem inventou o náilon merece ser enforcado nele”, brinca o pescador da colônia Z6, Nilson sobre a substituição do fio de linha pelo náilon. Apesar de seus benefícios e duração eterna, o náilon queima muito mais a pele do que a linha. Mas o náilon não foi o único instrumento que possibilitou uma pesca moderna. Sondas e barcos motorizados deram início a pescas mais lucrativas.
Se antes a comida era esquentada numa fogueira no interior do barco com muito cuidado para não queimar as linhas, hoje fogão e gás facilitam a preparação: “Naquele tempo era fogão de pedra. Tinha que jogar água logo para apagar, porque ia fogo pra tudo que é lado, ainda mais com ventos fortes”, diz Nilson. “Os barcos têm medicamentos, rádio, coletes, bússolas. Não é como antes, a base de remo. Quase todos são motorizados. Não tem mais precisão de sair de madrugada. A rotina é 6h, 7h da manhã. Levantam, pegam seus equipamentos, pegam o barco e vão à luta”, completa o presidente da colônia de Itapuã, Nelsom dos Santos, apelidado de Pai Velho.
Uma outra realidade
Mas nem todos conseguem acompanhar a modernização. Com poucos barcos motorizados, a maioria a vela, peças deteriorizadas, sem apoio ou dinheiro para reestruturação, a colônia Z1 se encontra abandonada. Com mais de 100 barcos parados, o silêncio e a tranqüilidade do local escondem o sofrimento de uma colônia fantasma. A falta de peixe, o mau tempo, as correntezas fortes e as embarcações inapropriadas são problemas freqüentes enfrentados pelos pescadores da colônia: “Quando chegamos numa posição com condição para pegar o peixe, vêm embarcações melhores de outros lugares e levam. O pescador coitado fica com o dedo na boca esperando que aconteça o bom tempo para voltar ao mar. A situação é essa”, desabafa o presidente da colônia Z1, Eulirio Menezes, 80 anos.
Caiu na rede, é lucro?
Depende de como é feita a divisão. Isso diferencia numa associação, extensão de colônia ou conta própria. Para os não modernizados, o trabalho na busca pelo peixe tem dado é muito prejuízo. Um barco geralmente sai com dois, três pescadores e os gastos com gelo, mantimento, óleo, isca, náilon são relevantes. Além das despesas e a fiscalização de peixeiros, existe o chamado quinto, que é a porcentagem dada ao dono do barco. “Os pescadores saem hoje. Gastam seis sacos de gelo, R$40 de mantimento, mais R$40 com óleo. Volta daqui a três dias com 20kg de peixe. Vende por R$10 para o peixeiro que vende por R$18. São R$200. R$100 de despesa. Tira o quinto fica R$160,00. R$40, R$60,00 pra cada homem. Não paga nem a noite perdida, dormindo sentado, sujeito a chuva”, diz Eulirio. Para quem tem peixaria junto à colônia, no caso da colônia de Itapuã, a situação é benéfica.

Sábado de manhã, muitos pescadores voltam do mar. Ao som de cortes de faca, música baiana e gritos de compradores, as notícias velhas e propagandas políticas são usadas para enrolar o peixe. Depois da jornada em alto mar, o peixe conseguido é pesado, vendido, despesas paga e chega a hora de ratear o lucro. Diferente da extensão da colônia de Itapuã ou da colônia Z1 que precisa vender os poucos peixes conseguidos, sabendo que os peixeiros lucraram mais. Porém conscientes de que estes também têm suas despesas: “Mas é isso mesmo. Porque eles têm prejuízo, tem que comprar gelo, material de limpeza”, diz um dos diretores do núcleo das Mariquitas, José Silva.
A divisão nos peixes em Piatã é bem diferente. Gritos e vozes ecoam na busca pelo peixe. O remador, calandeiro e puxador, a depender da posição hierárquica obtém uma porcentagem diferente do lucro. A colônia de peso apesar de ter a peixaria junto à colônia, aluga o espaço para que a colônia sobreviva: “Vem caindo, levantando…caindo, levantando, mas vem se erguendo”, diz Eulirio.
Caiu na rede, é peixe?
Nem sempre. A poluição das águas tem causado o afastamento e morte de muitos peixes, prejudicando a renda do pescador. A sujeira encontrou seu lugar na rede e indignação é geral “O pessoal que mergulha, puxa a linha, vê a isca toda amarela, rede escorregadia, uma altura enorme só de pó. Peixe nenhum come uma isca desta”, desabafa Nilson. As reclamações são baseadas na fábrica perto da colônia, lixo jogado pelos moradores e pelas plataformas: “Mês passado eu estava passando por aqui e vi duas toneladas de peixes boiando por causa do gás liberado na retirada do petróleo. Mas ninguém diz nada, abafam. Isso não sai no jornal, mas a verdade é essa”, diz Eulirio.
Sem apoio ou solução... mais difícil do que achar agulha no palheiro, só resta ao pescador se aventurar. Para quem tem barcos motorizados o jeito é adentrar na imensidão do mar. Para os que não têm ou mudam de profissão lutam por uma solução.
O pescador e seus amores
Deixar a família, filhos e esposas na terra para navegar livres de paredes, presos apenas pelo mar que os cercam, parece ser uma vida solitária. Mas a volta sempre compensa, ainda mais sabendo que existe mais de uma mulher esperando. O pescador não se conforma com um amor, se entrega a várias paixões e acaba colocando a culpa no peixe, que não tem voz para se defender: “uma mulher queria porque queria peixe. Eu disse que não podia dar, que depois dava outra coisa (risos). Com uma mulher eu tenho 12 filhos, em Pernambuco, dois, ao total são 28. Mas no meu tempo é menos, meu pai tinha três mulheres”, conta um pescador. Seu amigo aproveita a situação para fazer uma piada “É por isso que morreu cedo, não agüentou. A mulher pediu peixe, voltou com 12 filhos. Nunca peça peixe a pescador”, me aconselha.
Festa de Iemanjá
Em 1923, 25 pescadores foram presentear a mãe d´ água devido a escassez dos peixes em busca de melhoras na pesca. A partir de então, todo ano, no dia 2 de fevereiro adeptos do candomblé, turistas e pescadores passaram a reverenciar Iemanjá com flores, jóias, batons e perfumes. A festa acontece no Rio Vermelho tanto na terra quanto no mar, com músicas baianas e fogos de artifício animando e engarrafando as vias estreitas.
Filhinho de peixe, gafanhoto é
Geração a geração, filhos de pescadores têm seguido o mesmo caminho. Quando não se tornava pescador, seguia o rumo de peixeiro, mas sempre permanecendo na mesma linha. Mas a história tomou outro rumo. A profissão difícil, ainda mais para quem não se moderniza, tem causado sofrimento: “Já tem 10 anos que não tem um filho de pescador que queira ser o que o pai é. Porque eles enxergam o sofrimento. Ou vão procurar outra vida ou não fazem nada. Porque sabem que se vir para aqui vai ser pior”, diz Eulirio.
História de pescador
"Eu vou te contar uma que você não vai acreditar”, assim começam todos os pescadores antes de contar algo que só eles acreditam. Como o ditado diz, é tudo história de pescador. Verdade ou não, foi divertido escutar todas elas. “Meu cachorro vinha trazer comida para mim na beira do mar. Eu amarrava um prato na cabeça dele e ele trazia. Acredite se quiser”, diz o pescador Paulo Roberto, 30 anos “Eu já estava sem isca alguma, quando peguei o peixe boi de mais de 22 kg”, conta outro. As histórias seguem recheadas de criatividade: “Profissão difícil. Já teve momentos de alegria, mas hoje em dia quase tudo é tristeza”, desabafa Eulirio.
As colônias e extensões
Colônia Z1(Rio Vermelho) - A primeira organização da colônia foi fundada em 1923. Reconstruído em 1972 pela prefeitura municipal. Poucos barcos motorizados, falta de dinheiro para reestruturação, também têm sidos prejudicados com a poluição no mar.
Mariquita união dos pescadores filiada Z1 (Rio Vermelho) - O núcleo foi fundado por seis amigos. “Quando desmancharam o mercado velho, não tinha como guardar o aviamento, tínhamos que guardar em casa. Apareceu um amigo nosso, hoje falecido com as piaçabas e madeiras. Compramos a madeira na mão dele e ele deu as piaçabas e fundamos a associação”, diz um dos diretores do núcleo, José Silva. No dia 28 de janeiro a colônia faz 20 anos. Sem fins lucrativos, ou ajuda de prefeitura “vão tocando a vida”, construindo e reformando seus próprios materiais. Têm barcos a vela, alguns motorizados e pretendem construir três peixarias no local, tendo mais lucro.
Colônia de pescadores COOPY Z6 (Itapuã) - Colônia com mais de dois séculos e muita história pra contar. “Depois dos índios, nós, pescadores, fomos o primeiro a pisar nesta terra”, diz o presidente da colônia Pai Velho. Uma associação com cerca de 3800 integrantes, mas apenas 780 pescadores profissionais. Os outros são contribuintes e amadores. Barcos motorizados, pescaria conjunta e financiamento do governo. “Deus nos deu esta casinha, antes era de palha, agora está bem melhor”, diz o pescador Paulo Roberto, 30 anos.

Extensão da colônia de Itapuã - Canoas, pesca rápida. A maioria pesca para o próprio consumo. O peixe conseguido é vendido ao peixeiro, depois rateado entre puxadores, remadores, calangueiros e donos dos barcos.
http://www.overmundo.com.br/overblog/historia-de-pescador
Lavadeiras de Itapoã
Cedo, elas começam a trabalhar. Arrumam a trouxa de roupa na cabeça e se dirigem à Lagoa do Abaeté, assim como suas mães faziam. São mulheres na grande maioria negras que se iniciaram na profissão ainda criança. Algumas lavadeiras de Itapuã lavam roupa para manter a tradição familiar e outras fazem disto também uma profissão. São mulheres nascidas e criadas no Abaeté que passaram a infância nos arredores da Lagoa e que respeitam o local porque o consideram um lugar sagrado e religioso.
Hoje elas não utilizam mais a água da Lagoa, lavando suas roupas em local e horário determinado. Em 1993, foi construído o Parque Metropolitano do Abaeté e, junto com ele, foi entregue à comunidade de Itapuã um espaço, denominado de Casa das Lavadeiras, com tanques para que as mulheres pudessem continuar a lavar roupa. A iniciativa visava a proteção ambiental, já que as roupas eram lavadas na Lagoa com produtos químicos.
Mulheres pobres e semi-analfabetas, as antigas lavadeiras não tinham consciência que o uso de produtos químicos prejudicava a Lagoa. Como não havia água encanada em Itapuã, não só roupas eram lavadas na Lagoa. As mulheres também lavavam tapetes e pratos, como afirmou Elisângela Barreto, 21 anos. Elisângela começou a lavar roupa com seis anos de idade e disse que gostava mais quando podia utilizar a água da Lagoa porque agora elas só podem lavar roupas na Casa das Lavadeiras.
As lavadeiras deixaram de usar a Lagoa como tanque, mas mesmo assim, os problemas ambientais não desapareceram. Maria Clara da Silva, 39 anos, descendente de lavadeiras com 34 anos de profissão, confirma que todas as roupas eram lavadas na Lagoa, mas acredita que “graças a Deus e aos orixás, naquela época nunca se viu o Abaeté secando como agora, depois que deixamos de usar a água da Lagoa”.
Uma das contribuições do espaço da Casa das Lavadeiras é que as mulheres não precisam mais se expor ao sol e a chuva. “Prefiro lavar roupa aqui porque aqui não tem sol”, afirmou Rita de Cássia, 32 anos, que lava roupa desde os 13 anos e é filha de lavadeira. Luiza dos Santos, 38 anos, 14 anos lavando roupa, também prefere o espaço pelo mesmo motivo.
As lavadeiras além de lavar as roupas de casa, lavam “para fora” e cobram em média R$20 pela “trouxa” de roupas. Solange Alves Miranda, 34 anos, é lavadeira há aproximadamente 10 anos e lava roupas de casa e de pessoas que contratam seus serviços. Mas também existem mulheres como Zildélia Conceição, 46 anos, que lava roupa há 36 anos e que não trabalha mais para fora, apenas lava as roupas dela e dos filhos.
Nova geração

Uma das lutas das lavadeiras, de acordo com Maria Clara, é a construção de um espaço para as crianças, para os filhos de lavadeiras. “O espaço recreativo que existe pertence ao Parque Metropolitano de Abaeté”. Para a lavadeira, o Parque não foi construído para a comunidade de Itapuã, que é carente, mas para ser um local de burgueses. Luzia dos Santos disse que os filhos dela não freqüentam muito o local, apenas ajudam a levar as “trouxas” de roupa.
As lavadeiras podem utilizar a Casa de segunda a sexta e são proibidas de trabalhar aos sábados, domingos e feriados por determinação do Parque. Para Maria Clara, “desde a construção do Parque Metropolitano que o Abaeté deixou de ser Abaeté”.
http://soteropolitanosdeitapua.wordpress.com/2007/11/19/mulheres-lavadeiras-de-itapua/
Malê debalê
Lagoa do Malê

Um dos mais importantes blocos afros de Salvador, o Malê Debalê, nasceu nas areias do Abaeté, há 23 anos. Antes de ser uma agremiação carnavalesca, o bloco possui um trabalho de resgate histórico e das tradições do candomblé, repassando a história do povo negro para os integrantes e toda a comunidade do bairro de Itapoã. O próprio nome Malê Debalê é uma referência à Revolta dos Malês, manifestação em prol da liberdade que aconteceu na Bahia escravocrata do início do século XIX. O levante dos Malês aconteceu na madrugada de 25 de janeiro de 1835, e só acabou depois de muitas horas de luta pelas ruas do centro de Salvador.
A entidade tem uma função social que vai além do colocar o bloco nas ruas a cada Carnaval. "Nos últimos sete anos conciliamos as atividades dos blocos com parcerias que envolvem a comunidade e com isso temos conseguido executar muitos dos programas do Malê", explica Cícero Antônio, diretor musical do Malê Debalê. São projetos como escolas de dança e de informática para a comunidade, cursos para formar lideranças, dentre outros. Cerca de 200 crianças com idade até 12 anos aprendem dança e percussão com professores voluntários no Malezinho. A entidade ainda encaminha jovens para cursos profissionalizantes no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) e no Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia.
http://ibahia.globo.com/sosevenabahia/itapua.asp

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