sábado, 3 de julho de 2010

Personalidades

As Ganhadeiras de Itapuã

Como surgiu o grupo
Esta iniciativa cultural surgiu em março de 2004, nos terreiros das casas de Dona Cabocla e de Dona Mariinha, onde um grupo de pessoas motivadas pelo interesse no fortalecimento da identidade cultural de Itapuã se reunia semanalmente para trocar informações sobre as antigas tradições do lugar. As principais conseqüências dessas rodas de conversa e samba foram a compilação de um repertório de cantigas e sambas de roda e a criação do grupo AS GANHADEIRAS DE ITAPUÃ.
O grupo conta com a participação de 10 crianças, 06 músicos - que tocam instrumentos de corda e percussão - e 17 senhoras (Cantadeiras, Ganhadeiras, Lavadeiras) que com suas vozes de tom muito peculiar encantam os ouvintes a cada apresentação realizada. As componentes do grupo são pessoas que conhecem bem a história deste poético bairro, pois elas trazem na memória o registro de uma vida onde reflete toda a intensidade do Sol e da Praia de Itapuã, das Dunas e Lagoas do Abaeté, dos Cajueiros, Cambuis, Mangabeiras, Gajirus e Araçazeiros de frutos e sombras deliciosos e confortantes. E na peleja do dia a dia nunca se esquecem de louvar o divino e celebrar a vida.
Assim, pois surgiu o grupo AS GANHADEIRAS DE ITAPUÃ, batizado com este nome em homenagem as mulheres negras, escravizadas ou libertas, que no século XIX viviam do ganho, ou seja, da venda de produtos alimentícios transportados na cabeça, dentro de tabuleiros e gamelas. E principalmente em homenagem às suas remanescentes: as antigas ganhadeiras de Itapuã, que até o inicio do século XX ainda existiam na localidade. Elas compravam os peixes nas mãos dos pescadores, tratavam-nos, colocavam pra secar e quando os preparava saiam a pé com seus balaios na cabeça caminhando até o centro de Salvador, para vendê-los nas feiras da cidade e ganhar o sustento da família.
O grupo tem como objetivo principal trazer à tona toda a riqueza desta identidade cultural, proporcionando à comunidade e aos visitantes, momentos de alegria, fortalecendo a tradição das festas populares do bairro, e levar a cultura de Itapuã para outros lugares do Brasil e do mundo, participando de eventos onde se celebra a diversidade cultural e a autodeterminação dos povos.
Em dezembro de 2007 o grupo As Ganhadeiras de Itapuã recebeu o Prêmio Culturas Populares 2007 – Mestre Duda 100 Anos de Frevo – concedido pelo Ministério da Cultura do Brasil, através da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID).

Vinícius de Moraes

Nascido: Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913

Vinicius de Morais Nascido no Rio de Janeiro, Vinicius veio para Salvador, na década de 70, graças aos encantos da mulata Gesse Gessy e construiu uma casa à beira-mar de Itapuã. Segundo o poeta, uma casa baiana, feita por baianos, para abrigar tua baianice máxima, sonhada desde os idos cariocas. O bairro foi inspiração para uma de suas músicas mais famosas, composta com Toquinho: Tarde em Itapuã

Início da Carreira
No fim dos anos 1920, Vinicius de Moraes produziu letras para dez canções gravadas - nove delas parcerias com os Irmãos Tapajós. Seu primeiro registro como letrista veio em 1928, quando compôs (com Haroldo) "Loira ou Morena", gravado em 1932 pela dupla de irmãos. Vinicius teve publicado seu primeiro livro de poemas, O Caminho para Distância, em 1933, e lançou outros livros de poemas nessa década. Foram também gravadas outras canções de sua autoria, como "Dor de uma Saudade" (composta com Joaquim Medina), gravada em 1933 por João Petra de Barros e Joaquim Medina, "O Beijo Que Você Não Quis Dar" (composta com Haroldo Tapajós) e "Canção da Noite" (composta com Paulo Tapajós), ambas gravadas em 1933 pelos Irmãos Tapajós e também "Canção para Alguém" (composta com Haroldo Tapajós), gravada pelos mesmos um ano depois.
Ainda na década de 1930, Vinicius de Moraes estabeleceu amizade com os poetas Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Em sua fase considerada mística, ele recebeu o Prêmio Felipe D'Oliveira pelo livro Forma e Exegese, de 1935. No ano seguinte, lançou o livro Ariana, a Mulher.
Em 1971, muda-se para Salvador, Bahia. Viaja pela Itália, numa espécie de auto-exílio. No ano seguinte, com Toquinho, lança naquele país o LP "Per vivere un grande amore
.

Praça Vinícius de Moraes
Inaugurada em 2003, presta justa homenagem ao poeta e diplomata Vinícius de Moraes, apaixonado por Salvador e pelo bairro de Itapuã, onde morou. No centro da praça, escultura em tamanho natural, confeccionada pelo artista plástico baiano Juarez Paraíso, mostra o poeta em momento de criação. Ao redor, 10 tótens reproduzem textos poéticos e letras de suas canções


Turma 3ºA
Equipe: Alexandra Nascimento, Brenda Marinho, Maiara Oliveira, Taiane Santos, Bianca Mota, Aline Ferreira

Nenhum comentário:

Postar um comentário